segunda-feira, 18 de julho de 2016

EX-PRIMEIRO-MINISTRO DA GUINÉ-BISSAU DENUNCIA ENTRADA NO PAÍS DE "AVIÃO FANTASMA"

Foto de perfil de Fernando Casimiro
Por: Fernando Casimiro (nosso Didinho), via facebook

Mais uma vez, o Presidente do PAIGC e ex-Primeiro-ministro não soube demonstrar sentido de Estado.

Num fórum que não tem nada a ver com as denúncias que fez, ignorou as suas responsabilidades enquanto Deputado da Nação para pôr em causa a figura do Presidente da República.

Não se pretende defender o Presidente da República e oxalá ao ex-Primeiro-ministro, Presidente do PAIGC e Deputado da Nação, seja levantada a imunidade parlamentar para poder ser ouvido pelo Ministério-Públ
ico sobre as denúncias públicas feitas por ele próprio, a bem do esclarecimento nacional dessas denúncias.

Mesmo que o PAIGC tivesse as informações que foram dadas a conhecer pelo seu Presidente, ainda que, sem serem concludentes, o fórum para essa abordagem seria a Assembleia Nacional Popular, através do líder da sua Bancada Parlamentar, chamando ao Parlamento para interpelação, o Ministro de Estado e do Interior, o Ministro da Defesa Nacional e o Ministro de Estado dos Negócios Estrangeiros.


O ex-Primeiro-ministro, Presidente do PAIGC e Deputado da Nação, preferiu, contudo, ser uma vez mais, a voz de mais uma denúncia grave, pois já não consegue disfarçar a pessoalização da crise política entre ele e o Presidente da República.

Quando é que o ex-Primeiro-ministro, Presidente do PAIGC e Deputado da Nação vai ganhar maturidade política para saber lidar com assuntos de Estado, ele que é também, homem de Estado?

Didinho 18.07.2016

Lusa, 18 Jul, 2016 - Um avião com proveniência e carga desconhecida aterrou numa madrugada da última semana no aeroporto de Bissau, disseram hoje à Lusa diferentes fontes diplomáticas, após uma denúncia feita no sábado pelo ex-primeiro-ministro e líder do PAIGC.

Domingos Simões Perira alertou para a entrada no país de um "avião fantasma" com carga desconhecida e que foi recebido pelo chefe da casa civil da Presidência guineense.

A denúncia foi feita numa conferência de imprensa do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), vencedor das eleições legislativas de 2014 na Guiné-Bissau, mas arredado do poder.

"Queremos explicações sobre a real proveniência e carga do avião fantasma que recentemente visitou o nosso país, tendo sido recebido pelo chefe da Casa Civil da Presidência", refere-se num documento distribuído pelo partido aos jornalistas.

Questionado sobre o assunto após a conferência de imprensa, Domingos Simões Pereira insistiu na necessidade de haver esclarecimentos.

"Num Estado de direito, sempre que há a chegada ou saída do território nacional de entidades com patentes e bandeiras de outra nacionalidade, fazem-no sob duas coberturas: ou há um contrato comercial que permite a vinda regular dessa entidade ou tem que haver uma entidade política que se responsabiliza para esse efeito", referiu.

Ou seja, o assunto "não pode ficar no abstrato, sem que ninguém saiba do que se trata", concluiu.

A Lusa tentou obter uma reação por parte da Presidência guineense, que remeteu eventuais esclarecimentos para mais tarde.

MB/LFO // VM