quinta-feira, 24 de abril de 2014

GUINÉ-BISSAU E FAO ASSINAM PLANO PARA COMBATER MÁ NUTRIÇÃO


Bissau, - O Governo de transição da Guiné-Bissau e o Fundo das Nações Unidas para Agricultura (FAO) assinaram nesta quinta-feira um plano para o combate à má-nutrição, insegurança alimentar e fome até 2016.

O quadro de programação da Guiné-Bissau/FAO está orçado em cerca de oito milhões de euros, mas o representante da agência da ONU Joaquim Laubhouet Akadié assinalou que 89 porcento desse valor está por mobilizar.  

O plano vai intervir em três domínios essenciais, nomeadamente, a durabilidade e eficácia
da agricultura familiar, aumento da performance e o reforço das capacidades das populações para lidarem com cuidados nutricionais, mudanças climáticas, crises alimentares e catástrofes naturais.  

Para o FAO, a implementação do plano hoje assinado entre o seu representante em Bissau e o primeiro-ministro guineense de transição, Rui de Barros, pretende dar segurança alimentar ao país rumo ao "Objectivo Fome Zero" até 2020.  

O primeiro-ministro de transição enalteceu a importância do documento, agradeceu os apoios da FAO e de outras agências das Nações Unidas e destacou que a Guiné-Bissau "está longe" de ter a autossuficiência alimentar.  

Rui de Barros citou o caso do arroz (base da dieta alimentar dos guineenses) para afirmar que o país regista um défice de 70 mil toneladas por ano e ainda gasta "importantes somas em divisas" para a importação do produto.

Todo o cereal produzido no país (cerca de 249 mil toneladas) não chega para cobrir as necessidades alimentares dos guineenses, sublinhou ainda Rui de Barros, apontando para a existência de constrangimentos no sector agrícola.  

O isolamento das principais zonas de produção cerealífera, a degradação dos solos, a falta de infraestruturas rurais, a falta de sementes de qualidade e o êxodo rural são factores que têm dificultado o desenvolvimento, realçou o primeiro-ministro. 
Rui de Barros está convencido que com o plano hoje rubricado com o FAO e com outros documentos de combate à pobreza, a Guiné-Bissau "está mais apetrechada" na luta contra a insegurança alimentar.  Fonte: Aqui